Decisão do governo britânico foi anunciada nesta quinta-feira, 7 de outubro. Além do Brasil, outros 46 países saíram da lista vermelha. Com isso, quem estiver imunizado e viajar desses países para o Reino Unido não terá mais a necessidade de cumprir a quarentena antes de circular naquele país. Para quem vai à COP26, que se inicia em 31 de outubro, em Glasgow, todas as vacinas serão aceitas. Outras medidas sanitárias, como vacinação e teste negativo, ainda serão necessárias.
A partir da próxima segunda-feira, 11 de outubro, quem viajar do Brasil – e de outros 46 países e territórios – para o Reino Unido não precisará mais cumprir a quarentena. O isolamento era obrigatório para quem chegasse no Reino Unido após ter circulado por qualquer um dos países da chamada lista vermelha nos dez dias anteriores à viagem. A medida vai beneficiar, por exemplo, a todos que pretendem se deslocar de algum desses países para atender à Conferência do Clima de Glasgow, na Escócia. A COP26 terá início no próximo dia 31 de outubro e está prevista para acabar no dia 12 de novembro.
Com a flexibilização das regras de viagem, a lista vermelha, que tinha 54 países, foi reduzida para apenas sete: Colômbia, Equador, Haiti, Panamá, Peru, República Dominicana e Venezuela. Saem da lista, junto com o Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Costa Rica, Uruguai, México, Indonésia, África do Sul, entre outros.
Pelas novas regras de viagem, o governo britânico também passará a reconhecer, a partir do dia 11, pessoas que foram vacinadas em outros 37 países, entre os quais o Brasil. Outros 17 países, entre os quais Austrália, Nova Zelândia, Japão, Israel e Canadá, já tinham sido incorporados a essa lista no último dia 4. Quando foi criada, o governo britânico só reconhecia quem tinha sido vacinado em seu território; depois, reconheceu os vacinados na Europa e nos Estados Unidos. Agora, flexibilizou mais uma vez.
Outras regras sanitárias exigidas
Quem estiver totalmente imunizado (com as duas doses, ou dose única) não terá de fazer o teste de PCR antes de embarcar ao Reino Unido, mas precisará adquirir o teste rápido do dia 2, que se compra em farmácia.
Para quem ainda não estiver totalmente vacinado, serão necessários três testes de COVID-19, sendo um antes do embarque para o Reino Unido, outro no segundo dia e o último no oitavo dia após a chegada. Em vez de PCR, o governo vai aceitar um registro fotográfico do teste rápido (lateral flow device, LFD).
Exclusivamente para quem for à COP26, todas as vacina serão aceitas. O check-list completo dos documentos necessários antes e durante a viagem está disponível neste link.
Especificamente sobre a COP26, o governo britânico ainda não detalhou sobre o cancelamento das reservas de hotéis da quarentena (MQS), cujas despesas seriam custeadas pelo governo britânico para quem estivesse em países da lista vermelha e fosse viajar para o Reino Unido para participar da Conferência do Clima.
Ainda não foi informado, também, quem terá de arcar com os prejuízos decorrentes da necessidade de remarcar ou cancelar passagens aéreas devido ao fim da necessidade de quarentena. As medidas de flexibilização foram anunciadas a 26 dias da COP26, quando muitas pessoas já adquiriram os bilhetes aéreos.
A Embaixada Britânica no Brasil, por exemplo, está sendo questionada sobre se o governo britânico vai arcar com os custos do hotel de quarentena para aqueles que preferirem cumprir o isolamento ao invés de arcar com as despesas de cancelamento ou transferência de passagens.
As regras de viagem para o Reino Unido são atualizadas, em média, a cada três semanas.